terça-feira, 9 de dezembro de 2014

APRESENTAÇÃO

Há uns dez anos atrás tive o privilégio de ter participado do projeto de constituição do INI – Instituto Nacional de Investidores: um portal destinado a oferecer às pessoas comuns, um programa permanente de educação e orientação sobre como investir em ações de forma segura. Naquela oportunidade fui apresentado a uma metodologia para análise e decisão de investimento em ações desenvolvida pela NAIC – National Association of Investors Corporation, que ajudei a adaptar para a realidade brasileira.

A NAIC foi fundada em 20 de outubro de 1951, no Rackham Building, em Detroit, sendo sócios fundadores o Mutual Investment Club of Detroit e mais três clubes de investimento do estado de Michigan. Um dos seus objetivos era transformar os clubes de investimento em um projeto educacional de âmbito nacional. Essa ênfase na educação para o mercado financeiro foi que motivou no Brasil a criação do INI – Instituto Nacional de Investidores.

Segundo a NAIC, o objetivo do investidor em ações deve ser buscar investir em uma carteira de ações de empresas em crescimento, que ofereça a oportunidade de dobrar seus recursos investidos a cada cinco anos, pois acredita-se que um histórico de cinco anos deve ser o mínimo necessário para confirmar a consolidação da empresa, bem como o desempenho de sua administração que, tendo sido submetida a situações variadas, comprovou sua competência. Um breve período de crescimento poderá ser um golpe de sorte, e não a indicação da administração dinâmica e focada que estamos procurando.
Ainda segundo a NAIC, para que o investidor possa alcançar esse objetivo, ele precisa estar consciente das seguintes premissas:
  • Investir com regularidade, independentemente das perspectivas do mercado.
  • Reinvestir todos os ganhos (incluindo os dividendos recebidos).
  • Investir em empresas com passado e potencial para crescimento.
  • Diversificar para reduzir o risco.
  • Procurar investir em empresas que praticam bons princípios de governança corporativa.
Para atingir a meta de 100% em cinco anos o investidor deve conseguir um crescimento médio, nas cotações e nas receitas de dividendos das ações que compõem sua carteira, de 14,9% anuais reais (acima da inflação) capitalizados. Com esta taxa, o investidor dobrará ao valor de sua carteira a cada cinco anos. No entanto, um aumento anual real de 8% durante um período de longo prazo já pode ser considerado um excelente resultado.

O INI funcionava no endereço eletrônico www.ini.org.br e desde a sua criação, era mantido principalmente por patrocínios recebidos de diversas empresas e instituições ligadas ao mercado de ações brasileiro, e contribuições anuais de pessoas físicas associadas. Infelizmente o INI foi descontinuado em julho de 2012, em função da crise econômica.

Vendo a lacuna deixada pelo INI fiquei motivado a retomar aquele projeto, usando esse blog. Aqui irei expor a partir de hoje, os fundamentos de uma metodologia para decisão e administração de investimentos em uma carteira diversificada de ações, que considero muito consistente e importante. O meu objetivo aqui é contribuir na formação de um investidor consciente, atuante e capaz de tomar suas próprias decisões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário